14/02/2021
O foco portanto neste artigo é a Liderança em projetos, e para isto vamos utilizar de uma história real frequentemente utilizada quando o assunto é Liderança, que é a história do navegador Shackleton. Ironicamente, os objetivos do projeto do nosso personagem histórico não foram atingidos, porém as lições e aprendizagens que podemos tirar da história quando o assunto é liderança são inúmeras. Para isto, vamos fazer um rápido relato da sua história.
Sir Ernest Henry Shackleton foi um explorador irlandês que liderou três expedições britânicas à Antárctida, sendo a sua última expedição a mais ilustrativa. Shackleton tinha um projeto desde criança de ser marinheiro e explorador. Fracassou em duas expedições iniciais e se preparou para uma terceira expedição, cujo objetivo era atravessar o continente de mar a mar, passando pelo Polo Sul. Este era o objetivo do seu projeto e o navio escolhido chamava-se Endurance.
Como preparação, Shackleton realizou uma avaliação crítica sobre os motivos do fracasso de suas expedições anteriores, atribuindo grande importância ao erro no estoque de alimentos. Estabeleceu o perfil da tripulação a ser contratada, tendo definido que “precisamos de homens para jornada perigosa, baixos salários, longos meses em completa escuridão, perigo constante, retorno seguro duvidoso e reconhecimento em caso de sucesso”. Ou seja, menos ênfase em conhecimento e mais em temperamento e caráter.
A partida da expedição ocorreu em dezembro de 1914 e em janeiro de 1915 o navio já ficou preso na neve. Sem perder o otimismo, anunciou os riscos à tripulação e se preparou para o inverno. Toda a tripulação mantinha a rotina e a disciplina, incluindo os cientistas. Para sair da situação, simulou várias contingências e planos centenas de vezes, como muitas vezes fazemos em nossos projetos.
A água começou a entrar e o Endurance foi abandonado. Apesar disso, sempre manteve o ímpeto do comando. Sabia que era julgado pelo que dizia e pelo que fazia. Chamou a tripulação e apresentou as alternativas. Viajar 350 milhas a noroeste, com esperança de encontrar uma base. Neve pesada atrasou a saída. Saíram apenas no final de 1915. Em novembro o Endurance afundou.
Avançavam apenas 1,5 milhas por dia. Atingiram o objetivo em 300 dias. No início de 1916 alguns cães não puderam mais ser alimentados e foram mortos. Fez outro plano. Escolheu 5 dos homens, para viajar 800 milhas a leste. Saíram em 26 de abril de 1916.
Em 9 de abril pisaram em terra, nas ilhas Elephant, a 60 milhas de onde estavam. Quando o tempo abriu viram que estavam indo na direção errada. Baleias assassinas, ventos e ondas ameaçavam os botes.
Chegaram na costa, precisavam andar 20 milhas até o posto habitado. Deixou alguns homens e iniciou a caminhada, que levou 36 horas. Para não congelarem, não deixava ninguém dormir por mais de 5 minutos. Chegaram numa base e programou um bote para resgatar os 3 homens que deixaram atrás.
Emprestou um navio baleeiro e o gelo o bloqueou a 60 milhas da ilha Elephant. Navegou para as ilhas Falkland. Devido à 1ª Guerra Mundial, o governo inglês não tinha navios. Apelou para o Uruguai, que ajudou, porém tiveram que voltar após alguns dias. Obteve outro navio do Chile. A 100 milhas da ilha, tiveram que voltar. Obteve outro navio chileno. Chegou na ilha Elephant em 30 de agosto de 1.916 e resgatou toda a tripulação. Mesmo diante destas extremas dificuldades, não perdeu nenhum membro da tripulação. Todos se salvaram.
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