Como manter o foco e ser produtivo

08/03/2016

Premissas para um planejamento pessoal e de negócios eficiente

No universo empresarial, uma das coisas que os gestores mais citam, clamam e buscam é “foco”. Reuniões de trabalho são constantemente interrompidas com declarações de intenções, alertando que o grupo está sem “foco”, e que “devemos focar” no objetivo ou nos temas em questão.

 Porém, apesar da incessante busca, com qual freqüência podemos considerar que nossas empresas estão focadas, e que conseguem atingir os objetivos estabelecidos por realmente estarem concentradas no que importa? A “arte” está em realmente entender o que significa “foco” e como atuar de forma coerente com ele.

“Foco” significa efetivamente canalizar toda a energia e recursos disponíveis de forma coerente com as metas que se busca atingir.


Porém, como fazemos isto, ou como nos protegemos dos desvios e mecanismos de dispersão que a todo momento o ambiente e os acontecimentos nos incitam?

 As premissas básicas para zelarmos pelo “foco” resgato da “Teoria das Restrições”. A primeira é a seguinte: “Foco é fazer o que é necessário fazer e não fazer o que não é necessário fazer”. Normalmente nosso modelo mental está preparado para seguir a primeira parte desta definição, hesitando ou se esquecendo de atentar à segunda parte da definição. Temos também a inclinação de fazermos “o que não é necessário fazer”, quando estas atividades são fáceis de serem realizadas ou estão dentro da nossa zona de conforto. Funciona como um mecanismo de postergação daquilo que realmente é mais importante, porém menos acessível a nós.

 Um outro conceito básico utilizado pelos praticantes da Teoria das Restrições é o de “restrição”, entendido como “tudo aquilo que impede um melhor desempenho da empresa”, ou de “alcançar o meu objetivo ou da minha Organização”. Ações que atuam diretamente na “restrição” são ações que trazem foco e contribuem diretamente para a conquista dos resultados e avanços esperados.

Uma “declaração estratégica”, decorrente do entendimento e diagnóstico dos aspectos constantes nos parágrafos anteriores, escrito de forma positiva, em termos de “desafios” a serem alcançados, representa um poderoso instrumento para embasar os passos estratégicos e táticos, assim como para começar a se definir o meu foco estratégico e o da minha empresa, engajando adequadamente os colaboradores.

Por último, entendermos e questionarmos sempre o “por que” (ou, por qual motivo) devemos ou estamos fazendo algo. Esta reflexão, realizada frequentemente, é importante para nos mantermos focados e nos permitir vigiar e evitar dispersão de energia e esforços em atividades não necessárias. Se a nossa resposta for coerente com a necessidade de atacar os obstáculos existentes para a execução de nossa meta ou remover alguma restrição importante, então esta atividade é uma atividade coerente, necessária e que nos mantém no foco.

Temos que separar, entre a ampla gama de iniciativas existentes, planejadas ou a planejar para a empresa, quais delas, uma vez sendo bem executadas, possuem o mérito de alavancar os resultados globais da empresa e avançar na realização das metas. Quais representam apenas melhorias locais,  e  que não possuem um poder de impactar no resultado como um todo (desta forma podemos entender melhor o que significa “fazer o que é necessário e não fazer o que não é necessário fazer”).

Finalmente, temos que garantir que a nossa visão e a nossa pré-disposição em direção ao foco definido não seja apenas um “desejo”, uma carta de “boas intenções”. Temos que construir um caminho viável para tornar os resultados esperados em realidade. Neste ponto é importante ressaltarmos a disciplina.

A melhor definição de “disciplina” que encontrei é a seguinte: “disciplina significa ser discípulo de si mesmo”.

Ou seja, não perder de vista as metas e objetivos estabelecidos. Eles poderão mudar, porém enquanto não mudam, estão valendo e precisam ser perseguidos.

#GlobalResults , #Foco , #Produtivo

Rolar para cima