Confira as 9 das mais modernas técnicas de gerenciamento de projetos

14/03/2021

A Gestão de Projetos é uma área que tem tido um forte desenvolvimento em termos de ferramentas e metodologias. Além do ponto de vista dos métodos clássicos (PERT, Gráfico de Gant, entre outros), métodos de abordagem e focalização das equipes do projeto, métodos de detecção rápida e eficiente de progresso dos projetos, métodos de interação e focalização das equipes de projetos e softwares que automatizam estes conceitos têm evoluído rapidamente.  Através deste artigo a Global Results descreve estas técnicas para que os profissionais da área possam entender o que de mais moderno existe e decidir por adotar o(s) método(s) mais adequados a seu caso.

1. Corrente Crítica (CCPM – Critical Chain Project Managemente em inglês) da Teoria das Restrições.

Dentro das diversas aplicações da Teoria das Restrições, desenvolvida originalmente pelo físico israelense Dr. Eliyahu Goldratt, uma das mais importantes é o método da Corrente Crítica, aplicada à gestão de projetos.

Em sua abordagem, no dimensionamento do tempo de execução da tarefa, são atribuídos os chamados “tempos secos”, ou seja, os tempos exclusivamente necessários para a execução da tarefa, sem embutir tempos de segurança. Por si só, esta abordagem conceitual ajuda a reduzir o prazo total do projeto.

Mas o que fazer com a possível e esperada variabilidade dos tempos de execução de cada atividade do projeto ?

No método da Corrente Crítica, os tempos de segurança são consolidados num “pulmão de projeto”. Para cada atividade da rede de projetos, se estima o tempo mais provável de execução. Porém, a soma dos tempos de segurança embutidos nestas estimativa, devido ao efeito de agregação dos tempos de segurança de cada atividade, é maior que o tempo total do pulmão de projeto.

O grande benefício decorrente é que o gerente de projeto pode focar seu controle no consumo do pulmão de projeto. O ritmo do consumo do pulmão do projeto x avanço na execução das atividades da rede de projeto indicará ao gerente de projetos como está o avanço do projeto como um todo e se medidas corretivas precisam ser tomadas. Além disto, as possibilidades de simulações dos ajustes para recuperar eventuais atrasos se tornam mais fáceis, pois o foco passa a ser analisar o impacto das simulações no consumo do pulmão de projeto.

Para maiores detalhes sobre o método da Corrente Crítica, você poderá consultar nosso artigo “Corrente Crítica aplicada à Gestão de Projetos”.

2. Métodos Ágeis

O Método Ágil procura estruturar os projetos em pequenas etapas ou ciclos. Quando o ambiente de projeto apresenta características dinâmicas este método é bastante aplicável, pois permite que a equipe de projetos se adaptem rapidamente e com bastante flexibilidade às novas demandas não previstas inicialmente. É um método bastante aplicável no desenvolvimento de sistemas, porém não se limita a esta natureza de projetos.

Métodos Ágeis focam na gestão à vista e a interação em tempo real da equipe de projetos, preparando ambientes de colaboração onde participem todas as competências necessárias para o desenvolvimento do projeto, gerentes de projeto, analistas de TI, analistas de negócio, programadores, equipes de teste e clientes do projetos.

3. Método em Cascata (Waterfall Model)

Proposto inicialmente em 1.970 por W. W. Royce, aplicável principalmente em projetos onde o escopo é bem definido. O método é baseado numa programação linear para o projeto, com uma tarefa dependente da conclusão da precedente, ou seja, assume um caráter bastante sequencial. A evolução do projeto adota um caminho “linear”, não havendo loops, saltos ou retornos entre as fases do projeto. Segue abaixo um diagrama esquemático do Método em Cascata.

4. Método Scrum

 Método Scrum é baseado nos Métodos Ágeis descrito anteriormente. Neste método, o tempo e esforço alocado ao planejamento é apenas o suficiente para iniciar o projeto. É um método bastante interativo que procura entregar rapidamente o produto ou software a ser desenvolvido antes que este mesmo produto ou software se torne obsoleto. Tendo se inspirado no início da década de 90 a partir do artigo “The New Product Development Game” (“ O novo jogo do desenvolvimento de produtos”, em tradução literal), escrito por Takeuchi e Nonaka. Utilizado inicialmente em empresas automobilísticas e de produtos de consumo, é um dos métodos ágeis mais utilizados no momento. Atualmente os criadores do Scrum Ken Schwaber e Jeff Sutherland são os responsáveis por manter o método sistematizado, com regras e definições, a partir do “Guia do Scrum”.

Ao contrário do Método em Cascata, o Método Scrum está adaptado ao planejamento e execução de projetos complexos, onde as interações são muitas, não seguem um caminho linear, além de incorporar as características de preparação e condução de projetos contidos nos Métodos Ágeis (equipes multifuncionais, gestão visual, envolvimento direto dos clientes do projeto, entre outros aspectos).

5. Método PRINCE2

O Método PRINCE2 tem sido utilizado como padrão para o desenvolvimento de projetos principalmente no Reino Unido.
Esta metodologia prioriza, entre outros aspectos, as entregas necessárias e suas justificativas estratégicas, operacionais ou econômicas para o negócio, procurando entregar o produto do projeto no tempo e custo originalmente estimados.

O Método PRINCE2 está estruturado em 4 elementos integrados:

  • Princípios: o projeto está sendo gerenciado de acordo com as práticas do Método PRINCE2 (justificativa do negócio, aprendizagem contínua, entre outros)?
  • Temas: quais aspectos do projeto devem ser tratados continuamente durante todo o projeto (qualidade, risco, entre outros)?
  • Processos: etapas pré-definidas para o progresso do projeto. São 7 etapas, sendo que cada etapa contém suas respectivas listas de verificação e correspondentes responsabilidades.
  • Ambiente do Projeto: adequação e flexibilidade para incorporação das especificidades de determinados projetos.

6. PERT 

PERT , desenvolvido para a gestão e controle de projetos em torno de 1.950, significa Project Evaluation Review Technique (Técnica de Revisão de Avaliação de Projetos).

É um método baseado em estimativa de tempos para conclusão de uma tarefa e do projeto, utilizando gráficos e o conceito de rede para visualizar a estruturação de um projeto. O tempo estimado de execução de uma tarefa é a média ponderada de 3 durações possíveis: otimista, mais provável e otimista.

7. Effective Project Framework (Gestão Eficaz de Projetos)

Descrito por Robert K. em seu livro, Adaptive Project Framework: Managing Complexity in the Face of Uncertainty (Estrutura de Projeto Adaptável: Gerenciando a Complexidade diante da Incerteza), o método foca em boas práticas para que a gerência de projetos seja capaz de lidar com conflitos inesperados mantendo ao mesmo tempo a continuidade e progresso das tarefas do projeto, construindo uma estrutura de projeto flexível e um processo que permite se adaptar rapidamente às mudanças num ambiente de projeto.

8. Extreme Programming (XP) (Programação Extrema)

Adequado ao desenvolvimento de softwares com requisitos pouco definidos e inserido num ambiente dinâmico, é considerado um Método Ágil. Em decorrência disto, foca no planejamento e execução de pequenos ciclos durante o projeto, o que permite vários e pequenos ajustes, desenvolvida na década de 1990 por Kent Back.

Baseia-se em princípios como o feedback constante, a abordagem incremental e a comunicação entre as pessoas envolvidas.

9. Kanban

O Método Kanban (palavra japonesa que significa quadro, placa ou registro) substitui diversas ferramentas das metodologias descritas anteriormente por uma abordagem visual para gerenciamento do tempo e escopo num ambiente de projeto, o que o torna um método bastante simples e prático.

Desenvolvido pela Toyota Japonesa na década de 1940, o Kanban privilegia a entrega contínua (ao invés de grandes saltos de melhoria), utiliza intensamente a gestão à vista para entendimento da situação do projeto e como “gatilhos” para acionar atividades subsequentes do projeto. Desmembra atividades mais complexas em pequenas atividades, que passam a ser geridas a partir de um dashboard de forma direta e simples. Classificando cada tarefa em “A fazer”, “Fazendo” e “Concluído”, o sistema permite o compartilhamento das informações pela equipe do projeto, priorizar tarefas e redirecionar ações.

Conclusão: qual o melhor método?

Os métodos de gerenciamento de projetos apresentados permitem associações e derivações. Procure entender o perfil e a estrutura de recursos disponíveis em sua empresa, assim como o perfil, riscos e velocidade necessários para a entrega dos produtos de seus projetos, para definir qual técnica é a mais conveniente para o seu caso. Abaixo seguem algumas dicas.

  • Qual a sua experiência anterior com projetos. O que funcionou e não funcionou.
  • Qual a experiência da sua equipe de projetos.
  • Qual o perfil e riscos dos projetos e entregáveis do projeto.
  • Quais são as expectativas dos clientes do projeto.
  • Qual a velocidade e assertividade necessária em termos de tempo, escopo e custo.

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